CINEMANIACOS2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Tropa de Elite 2: O Inimigo agora É Outro


Tropa de Elite 2: O Inimigo agora É Outro é um filme brasileiro de 2010, dirigido por José Padilha,[7] que também escreveu seu roteiro, com Braulio Mantovani,[8] e estrelado por Wagner Moura.[9]
Os acontecimentos de Tropa de Elite 2 ocorrem treze anos após os do primeiro filme.[10] Um dos seus focos é o amadurecimento do então Coronel Nascimento, personagem de Wagner Moura, que tem que lidar com problemas com seu filho adolescente. O filme também mostra o crescimento do BOPE e conflitos entre os policiais e milícias do Rio de Janeiro.[11] O diretor José Padilha afirmou que "o filme trata da relação entre segurança pública e financiamento de campanha. Faz ligação entre a segurança e a política".[12] Além disso, uma rebelião é realizada na penitenciária de Bangu 1, liderada por Beirada, personagem de Seu Jorge.[13]
Lançado no Brasil em 8 de outubro de 2010,[14] o filme recebeu considerável atenção da mídia, críticas majoritariamente favoráveis e, em 7 de dezembro do mesmo ano ano, tornou-se o filme mais visto da história do cinema brasileiro, com 11 milhões espectadores - marca que não era superada desde 1976, quando o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos obteve 10,73 milhões.[15][16]
  • O filme começa in medias res, apresentando Nascimento saindo do Hospital Beneditino. Seus passos estão sendo observados por um grupo de homens que se comunica através de rádio transmissores. Enquanto dirige seu carro, ele é abordado por um outro veículo, do qual saem homens armados que começam a alvejar o automóvel. Enquanto ocorre o atentado, Nascimento, como narrador, diz que, embora possa ser considerado "um clichê de filme americano", chegar perto da morte o faz recordar o que havia ocorrido para que chegasse até aquele ponto.
    Um flashback narra os acontecimentos de quatro anos antes, quando uma divisão do BOPE comandada por Nascimento e André Matias se envolve no controle de uma rebelião no presídio Bangu I. Durante a rebelião, o criminoso Beirada, com a conivência dos agentes responsáveis pela segurança da unidade penal, foi capaz de dominar o presídio e assassinar seus adversários. Com a situação em escalada, o professor de história Diogo Fraga é chamado ao presídio. Membro de uma ONG dedicada à defesa dos Direitos Humanos, Fraga é chamado numa tentativa de negociar o fim da rebelião. O ativista sucede em negociar a libertação dos reféns, mas Matias se precipita e, descumprindo uma ordem de Nascimento, ingressa na área controlada por Beirada, o que faz com que Fraga seja tomado como refém. Após Beirada ser convencido a libertar Fraga, Matias atira contra o criminoso, matando-o.
    As consequências da ação de Matias, tanto para ele quanto para Nascimento, são o fio condutor do filme: Matias é usado como bode expiatório e é expulso do BOPE, mas Nascimento, visto como herói pela população, é nomeado para o cargo de Subsecretário de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
    Uma vez na Secretaria, Nascimento é capaz de articular uma completa reestruturação do BOPE, aumentando seu efetivo e modernizando seus equipamentos. Essa reestruturação o auxilia no combate ao tráfico de entorpecentes, e, com o passar do tempo, a Secretaria é capaz de encerrar as atividades de traficantes na maior parte das favelas da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Desbaratar o crime organizado, ao contrário do que Nascimento planejara, não contribuiu para a diminuição da corrupção, mas fez surgir uma nova organização criminosa, as "milícias". No filme é retratada a ascensão de um policial militar corrupto, o Major Rocha. Rocha percebe que, ao eliminar a figura do traficante, ele não estaria deixando de receber a propina que vinha recebendo, mas sim poderia passar a controlar diretamente a comunidade, eliminando assim o intermediário e tendo lucros maiores. Assim, ele e seu grupo passam a comandar uma comunidade.
    Comprar o apoio das lideranças das comunidades significaria a criação de verdadeiros currais eleitorais. Ciente disso e visando se beneficiar politicamente das regiões controladas pelas milícias nas próximas eleições, o Governador do Rio de Janeiro se associa ao Deputado Estadual Fortunato, ao Secretário de Segurança Pública e ao Major Rocha para forjarem uma situação que justificasse a invasão do bairro do "Tanque", uma comunidade que representaria relevante acréscimo na quantidade de eleitores. Membros da milícia invadem a delegacia da comunidade, e saqueiam a reserva de armamentos da mesma. Em seu programa de televisão, Fortunato polemiza o ocorrido, atribuindo aos traficantes em atuação na comunidade a responsabilidade, e exigindo providências do Governador do Estado, que ordena à Nascimento e à Secretaria de Segurança que planejem uma operação para invadir a comunidade, expulsar os traficantes e encontrar as armas. Nascimento se opõe à operação, por não ter encontrado, dentre as escutas telefônicas instaladas na comunidade, nenhuma prova de que as armas estariam lá, mas é voto vencido frente à afirmação do Coronel Fábio de que um informante de seu Comando já teria imputado a autoria dos crimes aos traficantes da comunidade.
    Matias, reintegrado ao BOPE por sugestão do Major Rocha e por influência do Dep. Fortunato, é escolhido para ser o líder de campo da operação, que é bem-sucedida em eliminar a maior parte dos traficantes da área. As armas, entretanto, não são encontradas, com o líder dos traficantes negando ter sido o responsável pelo roubo, mesmo após ser interrogado. Matias questiona Fábio sobre a procedência da denúncia, e exige uma explicação, porém é assassinado pelos homens de Rocha. A morte de Matias e o fracasso em encontrar as armas faz com que Nascimento torne a questão algo pessoal.

    ELENCO:

  • Wagner Moura interpreta Roberto Nascimento, agora Tenente-Coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro e Subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
  • Irandhir Santos interpreta Diogo Fraga, um professor de História, que se torna deputado estadual após a controvérsia em Bangu I.
  • André Ramiro interpreta o Capitão André Matias.[17]
  • Maria Ribeiro interpreta Rosane, ex-esposa de Nascimento e agora casada com Fraga.[18]
  • Sandro Rocha interpreta Major Rocha, o vilão principal do filme. Policial militar responsável pelo comando da milícia retratada no filme.[17] No primeiro filme da série Rocha teve uma pequena participação, como um sargento corrupto do batalhão onde os aspirantes Neto e Matias trabalhavam.
  • Milhem Cortaz interpreta o Coronel Fábio Barbosa. Ainda bastante corrupto, tem como concorrente e também cúmplice na corrupção o Major Rocha. Continua amigo de André Matias, por quem foi salvo treze anos atrás (no primeiro filme da série).
  • Tainá Müller interpreta Clara, uma jornalista.[19] No filme, ela entrevista Matias sobre o sucateamento do BOPE, após o mesmo ser expulso do batalhão por causa dos eventos na rebelião em Bangu I e, posteriormente, auxilia o Deputado Diogo Fraga na investigação das milícias.
  • Seu Jorge interpreta Beirada, criminoso responsável por liderar a rebelião em Bangu I.[13]
  • André Mattos interpreta Fortunato, Deputado Estadual e apresentador de um programa de televisão sensacionalista.
  • Emílio Orciollo Neto interpreta Valmir, um policial que atua na área administrativa.[20][21] É Valmir quem recepciona Nascimento quando este ingressa na SSP, e passa à auxiliá-lo nos serviços de inteligência.
  • Fabrício Boliveira interpreta Marreco.
  • Bruno D'Elia interpreta Capitão Azevedo.
  • Pedro Van Held interpreta Rafael, o filho de Nascimento e Rosane.
  • Júlio Adrião interpreta Gelino
  • Adriano Garib interpreta Guaracy
  • Marcelo Cavalcanti interpreta Sargento Gonçalo
  • Charles Fricks interpreta Vermont

Bilheteria

Tropa de Elite 2 bateu recorde de bilheteria nacional, com mais de 1,25 milhão de espectadores em seu primeiro final de semana. Essa abertura foi a quinta maior da história brasileira e a maior do ano e de um filme nacional, até então.[46][47] Duas semanas após sua estréia, havia sido visto por 4,14 milhões de pessoas nos cinemas brasileiros, arrecadando cerca de R$40 milhões.[48] Na terceira semana, acumulou R$57 milhões, com um público de 5,9 milhões, conseguindo ser o terceiro filme nacional mais visto da história do país - ficando atrás de A Dama do Lotação (1978), com 6,5 milhões, e do primeiro lugar Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), que teve 10,7 milhões.[49] No total, 736 salas em todo o Brasil exibiram o longa,[50] com 331 ainda exibindo no início de dezembro de 2010.[51]
Cinco semanas após a estréia, dia 8 de outubro, o filme obteve 9,6 milhões de espectadores, ultrapassando o público de 9,1 milhões que assistiu a Avatar, de James Cameron. Tropa de Elite 2 superou também o filme A Era do Gelo 3, que alcançou 9,2 milhões de espectadores, tornando-se a bilheteria mais bem sucedida no Brasil dos últimos doze anos. Com esses resultados, o filme ficou apenas atrás de clássicos como Titanic, de 1998, com 16 milhões e de Dona Flor e seus dois maridos, de 1976, com 10,8 milhões.[52] Porém, em 7 de dezembro, Tropa de Elite 2 conseguiu ser o filme nacional mais visto da história do país, quando chegou a marca de 10.736.995 espectadores, superando assim o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos.[15] Esse desempenho permitiu que o ano de 2010 fosse o ano mais rentável para os cinemas brasileiros, pois ultrapassaram a marca dos 22 milhões de espectadores, alcançada em 2003.[53]
Nas pré-vendas também foi um recorde, em termos de filmes nacionais nos Cinemas Severiano Ribeiro/Kinoplex, com vendagem de mais de 50.600 ingressos antecipados, sendo a maior marca já registrada pela empresa.[54]

Mídia caseira

O filme será disponibilizado no Brasil nos formatos DVD e blu-ray para locação no dia 10 de fevereiro de 2011 e para compra em maio do mesmo ano, distribuído pela Vinny Filmes.[55]

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